Globo quer criar série com o grupo Porta dos Fundos, sucesso da internet
Já faz um tempo que a Rede Globo está de olho no grupo Porta dos Fundo, famoso por vídeos cômicos e de sátiras no canal do YouTube. Porém, as duas partes precisam entrar em acordo.
A emissora quer episódios com início, meio e fim. Já o quarteto prefere manter o formato que é apresentado na internet, com esquetes. Outra preocupação é quanto a censura e os temas que serão abordados em cada episódio. O Porta dos Fundos é formado por Fábio Porchat, Antônio Tabet, Gregório Duvivier e Ian SBF.
Por: Diario de Pernambuco
Colunista: Letícia Cardoso
Comediante Marcus Majella terá programa próprio na TV
Não há um só dia em que o ator Marcos Majella, de 34 anos, não escute: “É 100% egípcio?”. Tudo por conta de um dos seus personagens com maior repercussão no Porta dos Fundos, o canal de humor que é fenômeno na internet. O episódio em questão é o hilariante A cura, em que Majella interpreta Sandrinho, uma figura que é curada por Jesus Cristo. “As pessoas sabem o texto de cor. É impressionante. O Porta dos Fundos conseguiu atingir um público igual ao da novela das oito. Antes, internet era uma coisa meio restrita, mas acho que o nosso trabalho vem conseguindo angariar gente de todas as profissões, idades e classes sociais. Do meu porteiro até a antropóloga mãe de uma amiga. Todos comentam comigo sobre os vídeos”, observa.
Majella acredita que o canal provocou uma verdadeira revolução e que a liberdade proporcionada pela internet é algo único, que não se consegue nem mesmo na TV a cabo. “Tem coisas que ainda não podem ser faladas, feridas que a gente ainda não pode arrancar e tirar casquinha, porque pode sangrar. Quando você trabalha com risco, gera alguma coisa, uma qualidade, e com o Porta dos Fundos a gente está conseguindo isso. Outro dia, uma pessoa comentou comigo que o que estamos fazendo no humor é o mesmo que as pessoas estão fazendo nas manifestações: provocando mudanças. Achei aquilo bem forte e interessante”, ressalta.
Nascido em Cabo Frio, na Região dos Lagos fluminense, Majella é um dos nomes de destaque do humor atual, ao lado de Paulo Gustavo e Fábio Porchat, amigos, parceiros e colegas nas aulas de teatro na Casa das Artes de Laranjeiras (CAL), famoso curso de formação de atores no Rio de Janeiro. “É uma feliz coincidência nós três estarmos juntos num momento ímpar da carreira. Ainda mais que já passamos vários perrengues e dificuldades, inclusive financeiras. E até hoje sempre tentamos nos encontrar não só para trabalhar, mas para nos divertir, comer uma pizza. E, quando se juntam os três, é um assédio igual ao da Xuxa (risos). Mas mesmo com toda essa repercussão, temos o pé no chão”, assegura.
Aliás, a relação com o Multishow, que começou em 2010, vai de vento em popa. Depois de ter participado de várias produções do canal, como as séries Será que faz sentido?, O barata flamejante e Sensacionalista, do reality Casa bonita, do BBB – A eliminação, além daquele que considera o divisor de águas na sua carreira – o 220 volts, também ao lado de Paulo Gustavo —, agora ele finalmente vai ganhar o seu próprio programa, previsto para 2014. “O Multishow me deu grandes oportunidades e tem investido nessa turma nova do humor. Ainda estamos idealizando e moldando o meu projeto e certamente será um ótimo desafio”, avisa.
E pelo visto não vai faltar trabalho para o próximo ano. Além da nova temporada do Vai que cola e de sua produção exclusiva, Majella estará no cinema, em Minha mãe é uma peça 2, e nos longas-metragens 220 volts e Porta dos Fundos. Sem falar que está confirmadíssimo na peça 220 volts – Só mulheres. “Não tenho como negar um convite do Paulo. Além de ele ser um amigão, esse programa é muito importante na minha trajetória. É inspirado numa relação real, já que, na época em que eu estava pensando em desistir, o Paulo Gustavo me chamou para ser contrarregra nas peças dele. Depois do 220 volts, as coisas finalmente começaram a acontecer”, recorda.
Colunista: Letícia Cardoso
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